Consenso de Holter
CONSENSO DE HOLTER
MÓDULO I
Dr. José Luís B. Cassiolato
A.C.C ./ A.H.A. - DIRETRIZES PARA UTILIZAÇÃO DA ELETROCARDIOGRAFIA AMBULATORIAL
A CARDIOS, sempre no sentido de trazer as novidades da área de eletrocardiografia dinâmica, apresenta os comentários realizados na publicação do American Heart Association / JACC em setembro de 1999, sobre as diretrizes da utilização da eletrocardiografia ambulatorial e recomendações baseados na publicação do periódico CIRCULATION de 24/agosto/1999 de Crawford et al
Apresentaremos esses comentários em várias apresentações isoladas, para suas apreciações:
APRESENTAÇÃO
Para um acompanhamento clínico adequado, é importante que o médico tenha em mente, e assuma um papel crítico no manejo do arsenal diagnóstico para um acompanhamento correto de uma doença.
Uma avaliação rigorosa e análise adequada de vários procedimentos e de sua documentação científica, podem implicar em estratégias corretas, que levarão a um melhor acompanhamento clínico, além do controle terapêutico com melhor relação custo-benefício ao paciente
A primeira diretriz de Eletrocardiografia ambulatorial data de 1980. Vários especialistas foram selecionados de diferentes organizações vínculadas ao A.C.C. ( American College o/ Cardiology ) e AHA ( American Hearth Association ) .
Essas entidades foram responsáveis por revisões de literatura , suas importâncias estatísticas e de peso na avaliação de estudos realizados.
I - INTRODUÇÃO
Com os recentes avanços de tecnologia digital que expandiu a transmissão Trans- Telefônica de dados do ECG, assim como de Software mais adequados , melhoria da qualidade do sinal, e a capacidade de melhor interpretação de arritmias, abriram novos potenciais na avaliação da Eletrocardiografia Ambulatorial. A participação do médico especialista, ainda é essencial para um diagnóstico correto das alterações observadas nos exames .
Os novos estudos permitiram a melhoria da avaliação com incrementos de canais, assim como muitos estudos com utilização de drogas e sua eficácia terapêutica.
A análise de ST ainda apresenta controvérsias, porém estudos recentes, já mostram dados significativos a respeito da Isquemia Silenciosa.
A variabilidade de Frequência Cardíaca também apresenta aspectos evolutivos, na avaliação e estratíficação de riscos de Mortalidade em Pacientes Cardíacos.
A tecnologia das gravações de longo tempo que permitem a ativação do sistema , pelo paciente ( “Looper”” ) já demonstra resultados, mas ainda não faz parte da rotina clínica.
Essa diretriz apresenta aspectos técnicos, usos clínicos frequentes e importantes.
A maioria dos estudos implica em utilização clínica com intervenção terapêutica.
Fatores importantes a serem considerados para o uso do AECG:
1) Capacidade técnica do equipamento, assim como experiência profissional do interprete dos sinais.
2) Acurácia técnica diagnóstica, relacionas com a técnica do procedimento
3) Acurácia técnica comparada com outros procedimentos.
4) Efeito do resultado no acompanhamento clínico.
5) Influência da técnica nos estudos relacionados com a saúde.
Assim :
O uso do AECG em situações clínicas específicas está indicado em:
CLASSE 1 - Condições em que exista evidência e/ou benefício que essse procedimento ou tratamento será útil efetivamente.
CLASSE 2 - Condição em que existe evidência conflitante e/ou divergência de opinião sobre uso ( eficácia do procedimento ou tratamento ).
2.A. Opinião / evidências são favoráveis ao uso;
2.B. Uso / eficácia é menos estabelecido pelas evidências.
CLASSE 3 - O procedimento não será útil no diagnóstico (tratamento).
O que veremos então inclui relatos de descrições do método, e revisões de uso de eletrocardiografia ambulatorial para:
1) detecção de arritmias
2) prognósticos
3) eficácia terapêutica
4) avaliações de Marca Passos Artificiais
5) detecção de isquemia silenciosa
6) uso em pediatria
Além dos comentários descritos, observaremos tabelas em cada seção distinta com resumos de trabalhos referentes ao exposto. Quando os trabalhos oferecem poucos ou nenhum dado, as recomendações serão baseadas em um consenso do comitê.
O consenso foi constituido por “experts” na area de eletrocardiografia ambulatorial, cardiolgista generalistas, arritmologistas ( incluem médicos de Marca Passo ), médicos de familia, e intensivista.
Os estudos foram realizados em centros acadêmicos, e setores privados. Nenhum membro do consenso apresentava interesse conflitante, a participação do comite. Essas diretrizes, foram consideradas como uma publicação de união de forças para utilização da Eletrocardiografia Ambulatorial.